Estavam todos lá...
Alegria, quanta alegria! Abundante, empolgante, contagiante.......efervescente.
É acabaram-se os sorrisos, a música parou, acabou aquela alegria toda, a festa acabou como numa ebulição relâmpago.
..
Eu só observava de longe...
dança,
risos, farra, folia,
confraternização,
tapinhas nas costas...
e eu...só observando de longe...
alheia a tudo...pensando, pensando, pensando.......
..
Que alegria é essa que tem hora pra começar e pra acabar? Essa falsa felicidade eu não quero! Essa formalidade não me cabe...
Eu quero intensidade, verdade, constância, predominância, algo que perdure.
..
Voltei pra casa...
logo me deparei com toda a realidade de volta...sem cores, sem balões, sem festejos, sem formalidades....
Vi que o lugar reservado pra minhas realizações continua vazio, que meus dias permanecem do jeito que sempre estiveram....inertes de modo irrefutável.
Vi também que minha tolerância faz de mim uma pessoa frustrada por completo.
Por que não digo de uma vez que não aceito mais certas coisas e que por ser humana tenho reações ao sentir-me inferiorizada?
Por que não faço valer as horas de reflexão e pensamentos, os momentos em que pondero os valores e as importâncias?
Em meio às minhas indagações me vi uma mulher sábia, verdadeiramente brilhante....que se subestima e se submete a não usar todo seu brilhantismo a seu favor. Mulher de fibra, sim...não fraca como afirmo ser....provas de fogo como as que tenho vivido, pouquissimas pessoas suportariam viver.
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Então ainda pode haver um jeito.......
Jeito de fazer valer cada expectativa que se perde, jeito de efetivar todas as realizações almejadas, jeito de deixar luzir o brilho que hoje encontra-se ofuscado.
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E aqui estou eu...
E aqui estou eu...
em busca da alegria palpável, concreta, verdadeira e intensa...
sem efervescência, sem formalidades, sem farsas......
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