sexta-feira, 3 de julho de 2009

É isso.....

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Demência....
atingi a plenitude da demência.
Não me surpreenderei mais com nenhuma sandice que eu venha a cometer...
Também pudera! Pobre de mim que tenho um só coração....pobre de mim que transbordo um sentimento muito conhecido por todos, porém, apenas pelo nome (infelizmente!)... cometo atos "acéfalos" por conta desse sentimento.
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Certa vez ouvi alguém dizer que amar é padecer, que amar é superar-se a cada dia, é tolerância e total entrega...entretanto, eu, jamais conseguia assimilar todas essas coisas...até me ver envolta em um sentimento arrebatador!
Eco!! Só então compreendi a grandiosidade dessa palavra simples, pequena, "boba" e nos dias de hoje, lamentavelmente, clichê...
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AMOR...
...segundo o dicionário pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc.
Meu Deus, a mais rasa definição já vista em palavras!!!
Amar é negar-se a si mesmo...total entrega. Não de maneira cega (não confundir, pelo amor de Deus!), mas de maneira sábia, consciente e discernente, pois é a partir desses princípios que se torna delicioso o sabor de amar.
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Já dizia a canção.....

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.
..
Oswaldo Montenegro
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