segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Ecos que não reverberam... e não tem jeito, ninguém nunca vai entender.

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Estou só...
e essa solidão parece infinita.
Sinto-me vazia,
e esse vazio não tem mais porquê ser preenchido.
Parece que nada mais faz sentido, os dias não têm significado de ser. Meus afazeres tornaram-se mecanizados e absolutamente sem efeito, sem razão de ser.
Estou de mal com Deus, Ele parece não ouvir o que digo, não considerar o que sinto, não enxergar o que tenho vivido...
Questiono. Discordo. Revolto-me.
Sinto-me injustiçada. E isso não é mania de perseguição, não! Isso é dúvida!!!
Não compreendo o propósito de tudo isso e não aceito mais frases feitas de consolo. Não me interessa mais o que está por vir, não me consola mais o que o tempo me reserva, não aceito mais que o tempo de Deus não é como o meu. O que meus olhos humanos conseguem vislumbrar são apenas os dias (que parecem infinitos!) de angústia, sofrimento, dor, vazio e sensação de impotência que tenho vivido.
Não falo mais aos ouvidos humanos porque estes me julgam, me apontam, me classificam, me rotulam e pior, me ridicularizam. Diante disso, resolvi seguir minha natureza de adoração e fé e conversar com Deus; indagar, questionar mesmo e suplicar, pedir ardorosamente. E o que pude concluir... se o tempo de Deus não é o meu, tudo que sei a esse respeito é que sou incapaz de suportar, seja lá por quanto tempo for, essa contagem de tempo: Um segundo em mil anos, mil anos em um segundo.
Eu não suporto mais! É difícil entender? Joguei a toalha.
Grito por socorro, não peço muito, peço apenas que me compreendam e não tentem minimizar a dimensão da minha dor como têm feito.
O que aos seus olhos parecem "nada", fazem de mim um ser incompleto. Não é preciso concordar comigo, apenas me estendam a mão... eu estou pedindo por socorro.
...
Considerando que estou só, que as pessoas ao meu redor me ridicularizam e não se interessam em me ouvir e que sinto que Deus não me responde, não me ouve e parece não me ver...O que me resta??
...
"Sinto saudade da vida
sinto saudade de mim,
do tempo em que eu sorria e fazia sorrir,
do tempo em que vida era vida,
do tempo em que eu era eu."
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